Otomodelação ou Otoplastia

Otomodelação ou otoplastia são dois procedimentos que visam corrigir as orelhas proeminentes, a escolha entre um ou outro procedimento requer uma anamnese detalhada.

A otomodelação é um método não cirúrgico utilizado para moldar as orelhas, frequentemente usado em bebês, crianças e adultos  com orelhas proeminentes. 

A otoplastia, por outro lado, é um procedimento cirúrgico que remodela as orelhas para corrigir defeitos estruturais ou para melhorar sua aparência.

 A principal diferença está na abordagem: a otomodelação não envolve cirurgia, enquanto a otoplastia é um procedimento médico.

Otomodelação ou Otoplastia
Otomodelação ou Otoplastia – Fonte: Canva

Como é realizado a otomodelação

A otomodelação é realizada geralmente em recém-nascidos até cerca de 6 meses de idade, quando a cartilagem da orelha ainda é moldável. 

Consiste em utilizar dispositivos de contenção, como moldes ou bandagens, para gradualmente direcionar o crescimento da cartilagem das orelhas na posição desejada. 

Esses dispositivos são usados por algumas semanas, com ajustes periódicos, até que as orelhas alcancem a forma desejada. 

Também pode ser realizado com fios não absorvíveis para fazer a correção em orelhas proeminente de crianças e adultos. 

Esse fio é inserido na cartilagem moldando a orelha na região da anti hélice.

É importante lembrar que a otomodelação deve ser feita por um profissional treinado e experiente para evitar problemas ou danos à saúde.

. A eficácia desse método pode variar de caso para caso, e nem sempre é possível obter resultados ideais apenas com a otomodelação, sendo necessário recorrer à otoplastia cirúrgica em alguns casos.

Como é realizado a otoplastia

A otoplastia é um procedimento cirúrgico realizado para corrigir deformidades ou melhorar a aparência das orelhas. 

É frequentemente usada para tratar orelhas proeminentes, também conhecidas como “orelhas de abano”. Durante a otoplastia, um cirurgião plástico faz incisões atrás das orelhas para acessar a cartilagem. 

A cartilagem é então remodelada e reposicionada para criar um perfil mais natural.

O procedimento pode envolver a remoção do excesso de cartilagem, suturas para manter as orelhas em posição adequada e a criação de sulcos naturais para dar uma aparência mais harmoniosa. 

A otoplastia é geralmente realizada sob anestesia local ou sedação, dependendo do caso, e os pacientes normalmente podem retornar às atividades normais após um período de recuperação.

É importante discutir todas as opções, expectativas e possíveis riscos com um cirurgião plástico qualificado antes de decidir se submeter a uma otoplastia.

Qual é mais indicado a otomodelação ou a otoplastia

A decisão entre otomodelação e otoplastia depende de vários fatores, como a idade do paciente, a gravidade da deformidade das orelhas e as preferências individuais. Aqui estão alguns pontos a considerar:

1. Idade: A otomodelação é mais eficaz em bebês com menos de 6 meses, quando a cartilagem das orelhas ainda é maleável. A otoplastia cirúrgica é mais apropriada para crianças mais velhas, adolescentes e adultos.

2. Severidade: A otomodelação é mais indicada para casos leves a moderados de orelhas proeminentes. Em casos mais graves ou quando a deformidade é estrutural, a otoplastia cirúrgica pode ser necessária para obter resultados satisfatórios.

3. Preferências pessoais: Alguns pais preferem a otomodelação por ser um método não cirúrgico e menos invasivo para tratar a condição de seus filhos. Outros podem optar pela otoplastia se desejarem uma correção mais permanente e definitiva.

4. Resultados desejados: A otomodelação pode não proporcionar resultados tão precisos ou duradouros quanto a otoplastia cirúrgica, especialmente em casos mais complexos.

É importante consultar um profissional médico, como um cirurgião plástico ou um especialista em otorrinolaringologia, para avaliar sua situação específica e receber recomendações adequadas. 

Eles podem ajudar a determinar qual opção é mais adequada com base nas circunstâncias individuais.

Existe algum risco nesses  procedimentos

Sim, tanto a otomodelação quanto a otoplastia têm seus próprios conjuntos de riscos e considerações.

Para a otomodelação:

– A otomodelação deve ser realizada por um profissional experiente para evitar ferimentos ou danos à cartilagem em crescimento do bebê.

– O sucesso da otomodelação pode variar e nem sempre resultar na correção desejada.

– Em alguns casos, pode ser necessário recorrer à otoplastia cirúrgica se os resultados não forem satisfatórios.

Para a otoplastia:

– Como em qualquer procedimento cirúrgico, há riscos associados à anestesia, infecção e cicatrização inadequada.

– Pode haver assimetria ou resultados insatisfatórios após a cirurgia.

– Em casos raros, pode ocorrer a formação de queloides (cicatrizes elevadas) ou problemas de cicatrização.

É fundamental discutir todos os riscos, benefícios e possíveis complicações com um profissional antes de decidir realizar qualquer um desses procedimentos. 

Quais os cuidados do pós  desses procedimentos

Os cuidados pós-procedimento são essenciais para garantir uma recuperação suave e resultados satisfatórios, tanto para otomodelação quanto para otoplastia.

Para a otomodelação:

– Siga as instruções fornecidas pelo profissional de saúde que realizou o procedimento.

– Mantenha os dispositivos de contenção (moldes ou bandagens) limpos e secos.

– Evite tocar ou puxar os dispositivos, para evitar deslocamentos acidentais.

– Agende as consultas de acompanhamento conforme orientado para ajustes e avaliação do progresso.

Para a otoplastia:

– Mantenha o curativo ou bandagem na área cirúrgica conforme indicado pelo cirurgião.

– Evite atividades físicas intensas e movimentos bruscos que possam estressar as orelhas.

– Durante a recuperação, evite dormir com as orelhas pressionadas contra o travesseiro.

– Siga as orientações para higienização da área cirúrgica e troca de curativos.

– Tome todos os medicamentos prescritos, como analgésicos ou antibióticos, conforme as instruções do médico.

Independentemente do procedimento, mantenha uma comunicação aberta com seu profissional de saúde e não hesite em relatar qualquer preocupação, dor, inchaço anormal ou sinais de infecção. 

Cada caso é único, portanto, é crucial seguir as orientações específicas fornecidas pelo médico para garantir uma recuperação bem-sucedida.

Quais intercorrências podem ocorrer na otomodelação ou otoplastia

Tanto a otomodelação quanto a otoplastia podem apresentar algumas intercorrências possíveis. Aqui estão algumas considerações:

Para a otomodelação:

– Irritação ou desconforto na pele do bebê devido ao contato constante com os dispositivos de contenção.

– Os dispositivos podem não produzir os resultados desejados em alguns casos.

– Infecção ou problemas de higiene se os dispositivos não forem mantidos adequadamente limpos.

Para a otoplastia:

– Infecção na área cirúrgica.

– Hematoma (acúmulo de sangue sob a pele) na área operada.

– Cicatrizes inestéticas ou problemas de cicatrização.

– Assimetria resultante da cirurgia.

– Resultados insatisfatórios, embora seja raro com um cirurgião experiente.

A partir de qual idade pode fazer a otomodelação ou otoplastia

A idade mínima para realizar otomodelação ou otoplastia pode variar de acordo com o procedimento e as diretrizes médicas. Geralmente:

– A otomodelação é mais eficaz quando realizada em bebês com menos de 6 meses de idade, enquanto a cartilagem das orelhas ainda é flexível e em crescimento. Nesse estágio, a otomodelação tem maior probabilidade de alcançar resultados positivos, pois a cartilagem é mais moldável.

– A otoplastia pode ser realizada em crianças mais velhas, adolescentes e adultos. A maioria dos cirurgiões plásticos sugere esperar até que a estrutura das orelhas esteja mais desenvolvida, geralmente por volta dos 5 ou 6 anos de idade. No entanto, a idade exata pode variar de acordo com a maturidade da criança e a avaliação do cirurgião.

É essencial consultar um médico qualificado e experiente para avaliar o caso específico e determinar a idade mais adequada para realizar qualquer um desses procedimentos. O médico levará em consideração fatores como o desenvolvimento da cartilagem, a saúde geral do paciente e as necessidades individuais ao fazer recomendações.

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